quarta-feira, 15 de julho de 2015

Resenha: A TV no armário

Editora: Edições GLS
Aut@r: Irineu Ramos Ribeiro
Capa: Chama bastante atenção. A soma do título em caixa alta, a cor predominante do roxo e as cores da bandeira gay no topo me chamaram logo atenção. Posso dizer que comprei o livro por dois motivos: Pelo tema (que eu amo) e pela capa.
Narrativa: Simplesmente maravilhosa! Uma linguagem completamente flúida, onde qualquer pessoa pode ler, mesmo que não conheça a teoria queer. O autor explica e exemplifica, tornando toda parte teória compreensiva.
A organização dos capítulos de forma sucinta, torna a leitura mais prazerosa.
Visão: Trazendo este paradigma (incrivél como ainda no século XXI a sociedade ainda seja tão conservadora) de sexualidade, Irineu Ramos explica sobre a teoria queer, sua contribuição para a libertação de gênero, identidade.
No primeiro capítulo, o autor discorre sem dificuldades - para ambas as partes - sobre a sexualidade e de sua representatividade na sociedade. Para alguns pode ser estranho o autor fazer todo um "arrudeio" para poder falar da TV em si porém, apresentar todo o conceito e história do pensamento queer torna o livro mais claro, objetivo e aberto para todos os públicos - porque quando se fala - em tese de alguma Universidade, as pessoas já olham de maneira diferenciada, devido a dificuldade de ler e interpretar o pensamento (para leigos) e o autor mostra neste livro que todos podem.

Depois de criar uma base' sobre sexualidade, Iriineu mostra o desenvolvimento histórico e social, falando sobre as conquistas e repressões que ocorreu com o público gay como o nazismo e o caso de Stonewall. O feminismo, o movimento da contracultura, a parada gay, o dinheiro rosa, entre outros movimentos de liberdade identitária, trabalhando a acensão da classe gay para o mundo.
No terceiro capítulo, o autor começa a falar mais enfaticamente da televisão e sua participação da alienação da sociedade.
"Ninguém é, de fato, 100% heterossexual ou 100% homossexual" (pag 39).
No terceiro capítulo, Irineu trabalha sob as perspectivas de uma mídia presente em todo o território nacional - principalmente a rede Globo - onde assistir televisão já é uma ação cultural. Apresentando foco total na anásile dos meios de comunicação e, principalmente como foi noticiado a Parada Gay de São Paulo, onde a mídia estereotipa o público gay e apresenta uma cobertura do evento de maneira negativa, de toda uma cobertura de cerca de 45 minutos, somente 11 minutos tiveram boa boa perspectiva do movimento gay. Ao ler o capítulo, você compreende como a mídia utiliza ao seu bel prazer e interesse uma total manipulação do conteúdo.
No quarto capítulo, o autor faz um recorte de sua pesquisa, trazendo análises dos programas da TV, quais as consequências dessa visão heteronormativa e conservadora que a mídia trabalha. Para finalizar, Irineu fecha com chave de ouro, fazendo uma síntese de tudo que foi dito no livro.

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